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Diogo José Ferreira de Eça de Meneses, conde da Louzã

Publicado: Quinta, 17 de Setembro de 2020, 10h02 | Última atualização em Sexta, 04 de Setembro de 2020, 12h18

Nasceu na Casa do Arco, em Guimarães, Portugal, em 1º de agosto de 1772. De família nobre portuguesa, era filho de Maria José Ferreira de Eça e Bourbon e Rodrigo José António de Meneses, 1º conde de Cavaleiros, e sobrinho e afilhado de Marcos de Noronha e Brito, conde dos Arcos, último vice-rei do Brasil e capitão general de Mar e Terra dos Estados do Brasil (1806-1808). Seu pai foi conselheiro da Fazenda (1790), deputado da Junta da Administração do Tabaco (1792) e governador das capitanias de Minas Gerais (1780-1783) e da Bahia (1784-1788). Fez carreira militar na Cavalaria, tendo servido no Regimento de Cavalaria de Mecklemburgo, chegando a tenente-coronel. Veio para o Brasil com a comitiva da família real, em 1808. De volta ao Reino, foi deputado da Junta dos Três Estados e mordomo-mor da arquiduquesa austríaca d. Maria Leopoldina, a quem acompanhou ao Rio de Janeiro, em 1817, em razão do seu casamento com o príncipe d. Pedro. Em 1821 foi nomeado por d. João VI presidente do Real Erário e secretário de Estado dos Negócios da Fazenda, por ocasião de sua instalação no Brasil. Acompanhou d. João VI em seu retorno a Portugal, em 1821. Foi nomeado e tomou posse da Câmara dos Digníssimos Pares do Reino, a câmara alta das Cortes Portuguesas, durante o reinado de d. João VI, em 1826, o que acabaria sendo suspenso e, mais tarde, quando restabelecido o seu lugar, não aceitou tomar assento. Em 1827, por um curto período durante a Regência de d. Isabel Maria, foi novamente nomeado secretário de Estado dos Negócios da Fazenda e presidente do Tesouro Público. Em 1828 reassumiu o cargo, sendo afastado pela vitória das tropas liberais constitucionalistas que apoiavam d. Pedro, em oposição às absolutistas de d. Miguel, o que deu fim à Guerra Civil Portuguesa (1828-1834). Casou-se com d. Mariana Antônia do Resgate de Saldanha Corte-Real da Câmara e Lencastre (1784-1848), 3ª condessa da Louzã. Foi grã-cruz da Ordem de Nossa Senhora de Vila Viçosa, comendador da Ordem de Cristo, grã-cruz da Ordem de São Leopoldo de Áustria e sócio honorário da Academia Real das Ciências de Lisboa. Morreu em Lisboa, em 4 de fevereiro de 1862.

 

Bibliografia

CRUZ, Mário Pinho. Dos secretários de Estado dos Negócios da Fazenda aos ministros das Finanças. 1788-2006, uma iconografia. Lisboa: Secretaria-Geral do Ministério das Finanças e da Administração Pública, 2006. Disponível em: https://bit.ly/36UxKXC. Acesso em: 2 jun. 2020.

VASCONCELOS, Antônio Maria Falcão Pestana de. Nobreza e Ordens Militares: relações sociais e de poder: (séculos XIV a XVI). Porto: [Edição de Autor], 2008. Disponível em: https://bit.ly/3gOsdq4. Acesso em: 2 jun. 2020.

ZÚQUETE, Afonso Eduardo Martins. Nobreza de Portugal: bibliografia, biografia, filatelia, genealogia, heráldica, história, nobiliarquia, numismática. Lisboa: Enciclopédia, 1960-1961.

 

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