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Antão Gonçalves de Faria

Publicado: Quinta, 11 de Janeiro de 2024, 08h32 | Última atualização em Terça, 06 de Fevereiro de 2024, 12h27 | Acessos: 225

Nasceu no dia 17 de janeiro de 1854, na então vila de São Sepé, no Rio Grande do Sul. Era filho de Mateus Gonçalves de Faria e de Umbelina Maria do Carmo Gonçalves de Faria. Iniciou seus estudos no Colégio Gomes, em Porto Alegre, transferindo-se para o Rio de Janeiro, onde estudou no Colégio Marinho. Matriculou-se na Escola de Marinha, antecessora da Escola Naval, que abandonou para ingressar na Escola Politécnica, concluindo o curso de engenheiro civil em 1877. Já formado, retornou para o Rio Grande do Sul, fixando-se na cidade de Caçapava. Ingressou no Partido Republicano Rio-Grandense (PRR), criado em 1882, e em 1884 participou da fundação do jornal A Federação, órgão oficial do partido, e do lançamento do jornal O Rio Grande, do qual foi redator. Foi superintendente de Obras Públicas, no governo do marechal José Antônio Correia da Câmara, visconde de Pelotas, no Rio Grande do Sul (1892), e segundo vice-governador no governo do general Júlio Anacleto Falcão, ao lado de Júlio de Castilhos, primeiro vice-governador. Em 1890, foi eleito deputado estadual constituinte (1890-1891), tendo presidido a Comissão de Viação e Obras Públicas. Renunciou ao cargo ao ser nomeado ministro do Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas (1891-1892) pelo presidente Floriano Peixoto, além de ocupar interinamente o Ministério da Fazenda (1891 e 1892), em substituição a Rodrigues Alves. Ao fim de sua gestão, retornou ao Rio Grande do Sul no centro de uma disputa política que levaria à Revolução Federalista (1893-1895) e atingiu os estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. As forças federalistas de Gaspar Silveira Martins, os chamados gasparistas ou maragatos, opunham-se aos republicanos do presidente do estado, Júlio de Castilhos, denominados castilhistas ou pica-paus, apoiado pelo governo federal. Alinhado aos dissidentes republicanos de seu estado, participou da Revolução Federalista, aderindo às tropas de oposição do governo de Júlio de Castilhos. Perseguido, exilou-se na Argentina, retornando ao Brasil somente em 1894, quando se afastou da vida pública. Publicou os trabalhos “Viação férrea do Rio Grande do Sul – Rede estratégica” (1912) e “Problemas nacionais” (1913). Morreu em Porto Alegre, em 4 de fevereiro de 1936.

Daniela Hoffbauer
Set. 2023

 

Bibliografia

AXT, GUNTER. Memórias da intolerância: antecedentes e causas da Revolução Federalista (1893-1895) no Rio Grande do Sul. Crítica & Controle, v. I, n. 2, ago. 2023. Disponível em: https://shre.ink/Up3p. Acesso em: 27 out. 2023.

FARIA, Antão Gonçalves. In: ABREU, Alzira Alves de (coord.). Dicionário histórico-biográfico da Primeira república (1889-1930). Fundação Getúlio Vargas. Disponível em: https://shre.ink/2j8O. Acesso em: 23 ago. 2023.

FAUSTO, Boris. História do Brasil. 13. ed. São Paulo: Edusp, 2010.

HISTÓRIA [São Sepé]. Prefeitura Presente, 2023. Disponível em: https://shre.ink/UpLZ. Acesso em: 27 out. 2023.

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