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Caderno Mapa n.4 - A Secretaria de Estado do Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas e a modernização do Império

Introdução

criação da Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, em

1860, ocorreu em um período de desenvolvimento da economia, da infraestrutura e da

urbanização no Brasil. Findados os conflitos do Período Regencial e do início do Segundo

Reinado, o Império passou por um momento de certa estabilidade e , à medida que o país se modernizava

,

era necessária uma melhor estruturação do aparato administrativo responsável pela implantação,

regulação e fomento das políticas públicas

. Os ideários de progresso e civilização, presentes no

pensamento ocidental na época, também influenciavam o governo e a elite do Império, que buscavam

inserir o Brasil no rol das nações civilizadas.

A

Além disso, outras importantes demandas surgiram na segunda metade do século XIX. Em 1850, a Lei

de Terras foi promulgada, tornando-se necessário um aparato administrativo para demarcar, registrar e

fiscalizar as terras e seus processos de compra e venda. Nesse mesmo ano, a Lei Euzébio de Queiroz proibiu

o comércio internacional de escravos, dando o primeiro passo para o processo de extinção da escravidão.

Nesse momento a questão da substituição da mão de obra cativa ganhou relevância nos debates nacionais,

estimulando a política de imigração Essa nova conjuntura necessitava também de uma melhor

administração por parte do Estado.

O texto inicia-se tratando da fundação e das reformas do ministério, buscando relacionar essas

transformações com os aspectos políticos, econômicos e sociais da época. Em seguida, através da análise

das principais competências da Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras

Públicas, buscamos compreender a atuação política dessa instituição. Desse modo, o artigo trata da relação

do ministério com diversas temáticas como, por exemplo, a atuação da secretaria em relação às

determinações da Lei de Terras; com a questão da mão de obra escrava e imigrante; com

a produção

agrícola brasileira e as inciativas do governo em relação ao fomento, ensino e pesquisa na área. Buscamos

também entender a atuação da secretaria em relação aos processos de modernização no Império através

da análise dos processos de expansão da indústria, do comércio, dos transportes, das comunicações e das

obras públicas.

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