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Francisco de Lima e Silva

Publicado: Quinta, 24 de Junho de 2021, 10h04 | Última atualização em Quinta, 15 de Julho de 2021, 10h17 | Acessos: 3554

Nasceu no Rio de Janeiro, em 8 de julho de 1785. De família de origem portuguesa, com longa tradição de oficiais militares de altas patentes do Exército, era filho do marechal de campo José Joaquim de Lima e Silva e de Joana Maria da Fonseca Costa. Eram seus irmãos os generais Manuel da Fonseca Lima e Silva, barão de Suruí (1793-1869), José Joaquim de Lima e Silva, visconde de Magé (1787-1855), o marechal Luís Manuel Lima e Silva (1806-1873) e o coronel João Manuel de Lima e Silva (1805-1837). Foi pai de Luís Alves de Lima e Silva, o duque de Caxias, que foi senador e presidente do Conselho de Ministros. Assentou praça no Exército aos cinco anos, no Regimento de Bragança, conforme tradição de sua família. Estudou na Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, transferindo-se para a Academia de Aritmética, Geometria Prática, Fortificação, Desenho e Língua Francesa, criada para a formação de oficiais de artilharia. Esteve ao lado das tropas fiéis a d. Pedro, príncipe regente, por ocasião da independência. Em 1824, liderou as forças imperiais no combate a Confederação do Equador, revolta de caráter separatista iniciada em Pernambuco, sob a liderança do frei Joaquim do Amor Divino Rabelo e Manoel de Carvalho Paes de Andrade. Enfrentou problemas com o imperador d. Pedro I, ao tentar negociar a rendição dos revoltosos, tendo sido acusado de retardar a execução de suas sentenças, e acabaria por não receber nenhuma promoção pela vitória do Exército no Nordeste. Em Pernambuco, foi nomeado presidente interino da província e da comissão militar instituída para julgar e sentenciar os revoltosos confederados (1824-1825). Foi governador das Armas da província de São Paulo (1828-1829) e da corte (1829-1830). Teve participação direta nos acontecimentos que levaram à abdicação de d. Pedro I, ao qual tentara convencer de rever a demissão do ministério liberal que montara após a Noite das Garrafadas, e juntou-se, ao lado de unidades do Exército, aos protestos no Campo de Santana. Por ocasião da abdicação de d. Pedro I em favor de seu filho, em 7 de abril de 1831, integrou a Regência Trina Provisória eleita, ao lado de Joaquim Carneiro de Campos e Nicolau de Campos Vergueiro, encarregada do governo do país durante a menoridade do príncipe herdeiro, d. Pedro II. Foi eleito pela Assembleia Geral para a Regência Trina Permanente, integrada pelos deputados José da Costa Carvalho e João Bráulio Muniz. Com a substituição da Regência Trina pela Regência Una, após o Ato Adicional de 1834, foi escolhido senador pelo regente Diogo Antônio Feijó. Foi comendador das ordens de Aviz e da Rosa, grão-cruz da Imperial Ordem do Cruzeiro e gentil-homem da câmara imperial. Em 1841, recebeu por carta imperial o título de barão da Barra Grande, que recusou. Foi eleito sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), em 1847. Morreu no Rio de Janeiro, em 2 de dezembro de 1853.

 

Dilma Cabral
Jun. 2016

  

Bibliografia

FRANCISCO de Lima e Silva. In: INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO BRASILEIRO. Disponível em: https://bit.ly/3skEacy. Acesso em: 8 jun. 2020.

RHEINGANTZ, Carlos G. Titulares do Império. Rio de Janeiro, 1960.

SISSON, S. A. Galeria dos brasileiros ilustres. v. 1. Disponível em: https://bit.ly/3vWz9ZX. Acesso em: 8 jun. 2020. p. 357-367.

SOUZA, Adriana Barreto de. Família de militares: o caso dos Lima e Silva. In: CASTRO, Celso. A família militar no Brasil: transformações e permanências. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2018. p. 155-184.

______. Duque de Caxias: o homem por trás do monumento. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2008.

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