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Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaéla Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon, Princesa Isabel

Publicado: Terça, 12 de Junho de 2018, 12h09 | Última atualização em Sexta, 31 de Julho de 2020, 15h29 | Acessos: 7812

Nasceu no Palácio da Boa Vista, em São Cristóvão, Rio de Janeiro, a 29 de julho de 1846. Segunda filha, a primeira menina, do imperador d. Pedro II e da imperatriz Tereza Cristina. Com a morte de seus dois irmãos homens, d. Afonso Pedro (1847), o primogênito, e d. Pedro Afonso (1850), foi declarada herdeira oficial do trono brasileiro pela Assembleia Geral do Império, em 10 de agosto de 1850. Foi educada, ao lado de sua irmã, princesa Leopoldina, segundo a tradição das casas reais europeias e sua condição de herdeira do trono brasileiro. Estudou com mestres e preceptores, sob a supervisão do próprio imperador, d. Pedro II, que também lhe dava aulas de física, matemática, latim e a literatura. Teve grande importância em sua formação Luísa Margarida Portugal de Barros, a condessa de Barral, encarregada da educação das princesas de 1856 a 1864. Em 29 de julho de 1860, prestou solene juramento constitucional no Paço do Senado, como herdeira do Trono do Brasil. Casou-se, em 15 de outubro de 1864, na Capela Imperial, com Luís Felipe Maria Fernando Gastão de Orléans, conde d´Eu, neto do rei Luís Felipe I, da França, e primogênito de Luís Carlos Filipe Rafael d'Orléans, duque de Némours. Desta união nasceram três filhos: Pedro de Alcântara, Luiz e Antônio. Esteve à frente da monarquia como regente em três períodos, por ocasião das viagens do imperador d. Pedro II à Europa: de 25 de maio de 1871 a 30 de março de 1872, de 26 de março de 1876 a 25 de setembro de 1877 e de 30 de junho de 1887 a 21 de agosto de 1888. Durante sua primeira regência aprovou, em 28 de setembro de 1871, a Lei do Ventre Livre, que alforriava todas as crianças nascidas de escravos após essa data, tendo obtido enorme prestígio popular. Assumiu sua terceira regência em meio ao avanço da campanha abolicionista em vários setores da sociedade, cuja conjuntura de crise culminou com a queda do gabinete do conservador barão de Cotegipe, em março de 1888, que defendia a extinção gradual da escravidão, substituído pelo abolicionista João Alfredo Correia de Oliveira. Assinou projeto de lei que aboliu a escravatura no Brasil, conhecido como Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, quando a pressão política em torno do tema tornara inevitável a abolição incondicional da escravidão no Brasil. A crise político-institucional enfrentada pelo reinado de d. Pedro II a partir da década de 1870 agudizou e, em 15 de novembro de 1889, foi proclamada a República, levando ao fim a Monarquia no Brasil. Destronada a família imperial, partiu do país banida junto aos familiares para o exílio na Europa, desembarcando em Portugal em 7 de dezembro de 1889, onde viria a morrer sua mãe, a imperatriz d. Teresa Cristina, no dia 28 do mesmo mês. Mudou-se para a França, onde seu pai veio a falecer em 5 de dezembro de 1891. Morreu no Castelo d´Eu, na Normandia, França, em 14 de novembro de 1921.

 

Bibliografia:

ABREU, Martha. Princesa Isabel. In: VAINFAS, R. (dir). Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.

ALONSO, Rafael. Princesa Isabel. In: Ermakoff, George (org). Dicionário Biográfico ilustrado de personalidades da História do Brasil. Rio de Janeiro: G. Ermakoff casa editorial. 2012.

BARMAN, Roderick J. Princesa Isabel do Brasil: gênero e poder no século XIX. São Paulo: Editora Unesp, 2005.

SCHWARCZ, Lilia Moritz. As barbas do Imperador. D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

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