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Nasceu em Erlangen, Baviera, Alemanha, em 17 de abril de 1794. Era filho do boticário Ernest Wilhelm Martius, um dos fundadores da Sociedade Real de Botânica, de Regensburg. Ingressou em 1810, aos dezesseis anos, na Universidade Fredericus Alexander, para estudar medicina. Na universidade dedicou-se ao estudo de botânica, tendo sido aluno de naturalistas alemães de tradição iluminista, dentre os quais, Johann von Schreber, botânico que estudou com Carlos Lineu. Recebeu o diploma de doutorado em 1814, com a tese intitulada Plantarum horti academici Erlangensis enumeratio, construída como um catálogo científico para o Jardim Botânico de Erlangen. Foi recomendado por Johann Baptist von Spix (1781-1826), que conhecera em sua cidade natal, para pesquisador do Jardim Botânico da Academia de Ciências de Munique, tornando-se assistente do botânico Franz von Paula Schranck. Em 1817 veio para o Brasil, convidado pelo rei Maximiliano, da Baviera, como integrante da comitiva da arquiduquesa Maria Leopoldina, por ocasião de seu casamento com d. Pedro I, na chamada Missão Austríaca. Entre 1817 e 1820, ao lado de Johann Baptist von Spix e do artista Thomas Ender, investigou a flora brasileira, numa viagem que percorreu as províncias de Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Pará e Amazonas. Retornou a Munique em 1820, onde reassumiu seu cargo de conservador do Jardim Botânico, tornando-se diretor em 1832, além de professor da universidade desta cidade (1826). O material coletado no Brasil resultou em importantes obras científicas como Reise in Brasilien, em co-autoria com Johann von Spix, publicada em três volumes (1823, 1828 e 1831); Nova genera et species plantarum brasiliensiun (1823-1832), também em três volumes; Historia naturalis palmarum (1823-1850), em 3 volumes e com 135 ilustrações; Icones selectae plantarum cryptogamicarum brasiliensiun (1827) e Systema materiae medicae vegetabilis brasiliensis (1843). Deu início ao grande projeto Flora brasiliensis, publicado entre os anos de 1840 e 1906, num total de 15 volumes, divididos em 40 partes, onde são descritas 22.767 espécies de plantas, em que colaboraram 66 botânicos de vários países. Foi nomeado membro adjunto da Academia Real de Ciências de Munique em 1816. Sócio honorário do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro, recebeu prêmio em concurso instituído pelo trabalho sobre Como se deve escrever a História do Brasil (1847). Morreu em Munique, Alemanha, em decorrência de pneumonia em 15 de dezembro de 1868.

 

Bibliografia
FITTKAU, Ernst Josef. Johann Baptist Ritter von Spix: primeiro zoólogo de Munique e pesquisador no Brasil. Hist. cienc. saude, Rio de Janeiro, v. 8, supl. p. 1109-1135, 2001. Disponível em:<https://goo.gl/wlcSeO >. Acesso em: 11 jul. 2016.

GUIMARÃES, Manoel L. Salgado. Nação e Civilização nos Trópicos: o Instituto Histórico Geográfico Brasileiro e o projeto de uma história nacional. Disponível em:<https://goo.gl/tm9H5h> . Acesso em: 27 out. 2015.

KALTNER, Leonardo F. Anotações sobre a biografia do naturalista Carl Friedrich Philipp von Martius. Disponível em: <https://goo.gl/R6rnVu> . Acesso em: 22 out. 2015.

KURY, Lorelai. Ciência e nação: romantismo e história natural na obra de E. J. da Silva Maia. In: Hist. cienc. saude-Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 5, n. 2, p. 267-291, Out. 1998. Disponível em: <https://goo.gl/T3dnxU> . Acesso em: 22 out. 2015.

RIBEIRO, Ana Lúcia Costa. Notas sobre a relevância da biografia científica para a história da ciência: o exemplo de von martius. Dissertação de mestrado em História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia. UFRJ, 2009.

VAINFAS, Ronaldo. Karl von Martius. In: VAINFAS, Ronaldo e NEVES, Lúcia Pereira das. Dicionário do Brasil Joanino (1808-1821). Rio de Janeiro. Editora Objetiva. 2008.

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