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José Francisco António Inácio Norberto Agostinho, d. José I

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Nasceu em Lisboa, Portugal, em 6 de junho de 1714. Filho do rei d. João V e da rainha d. Maria Ana de Áustria, era intitulado príncipe do Brasil e duque de Bragança. O reinado de d. José (1750-1777) foi marcado pela predominância política do ministro Sebastião José de Carvalho e Melo (1759), mais conhecido como marquês de Pombal (1770). Casou-se com d. Mariana Vitória, princesa espanhola, filha de Felipe V, em 1729. Teve quatro filhas, sendo sucedido pela primogênita, d. Maria I (1777-1816). Subiu ao trono em 31 de agosto de 1750 e foi aclamado oficialmente em 7 de setembro do mesmo ano. Escolheu ministros de Estado que tendiam mais para uma renovação, comparados aos homens que governaram com seu pai, d. João V. Maior exemplo disso foi a atuação do ministro Carvalho e Melo, que concentrou sob sua direção praticamente todos os poderes do Estado, causando grande impacto na administração pública através de reformas nos costumes, no ensino, na economia, no Exército e nos tribunais da Inquisição. A partir da atuação enérgica do ministro, ficou conhecido pela alcunha de reformador, tendo como pano de fundo político uma maior centralização de poder. Durante seu reinado ocorreu o terremoto, em 1º de novembro de 1755, catástrofe que destruiu a cidade de Lisboa e seus arredores, terras do Algarve e partes do sul da Espanha. A família real escapou ilesa da tragédia, mas os efeitos do terremoto se fizeram sentir pelas milhares de mortes e perdas do patrimônio histórico e documental de mais de cinco séculos de História. Em virtude da austeridade de Carvalho e Melo e da preponderância de sua figura em relação ao rei, situação que fica clara na reconstrução de Lisboa após o terremoto, ocorreram de forma crescente manifestações de descontentamento com o governo por parte da nobreza, da burguesia e do clero, principalmente dos jesuítas, que culminaram no motim de 1757, na cidade do Porto, evidenciando a revolta de pequenos comerciantes com a criação da Companhia Geral da Agricultura dos Vinhos do Alto-Douro, que levou à pena de morte 17 pessoas. Sofreu um atentado em 1758, tendo sido acusado d. José de Mascarenhas, o duque de Aveiro, como chefe da revolta. Seguiu-se um terrível processo, onde vários nobres e suas famílias, como os Távoras, foram condenados à morte e executados, em 13 de janeiro de 1759. Os jesuítas, muito atuantes no ensino do reino e das colônias, tornaram-se o grande desafeto do marquês de Pombal, que os associou ao atentado contra d. José I por rejeitarem a secularização de várias instituições e a política regalista do ministro. Acabaram sendo perseguidos, presos e expulsos de Portugal e das colônias em 1759. Morreu em Lisboa, no Palácio de Ajuda, em 24 de fevereiro de 1777.


Bibliografia
FALCON, Francisco. A Época Pombalina. SP. Editora Ática. 1993.

____. “Irresistível Pombal”. Revista de História da Biblioteca Nacional. Disponível em:<https://goo.gl/oYi2FZ>  . Acesso em: 4 set 2014.

NEVES, G. Pereira. D. José I. In: VAINFAS, R (dir). Dicionário do Brasil Colonial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000.

ZÚQUETE, Afonso E. Martins. “Dom José Primeiro e sua descendência”. In: Nobreza de Portugal. Lisboa: Editorial Enciclopédia, 1960.

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